Cheguei à conclusão de que o meu corpo deve produzir energia para gelar as minhas mãos (por vezes também os pés e o nariz). Senão, vejamos: a temperatura de um cadáver, como acontece com qualquer objecto inanimado, tende a entrar em equilíbrio com a temperatura ambiente, correcto? Por isso, normalmente arrefece. Para retardar os fenómenos cadavéricos destrutivos é refrigerado. Portanto fica, digamos, geladinho. Se as minhas mãos e demais extremidades conseguem ficar tão ou mais frias que o dito cadáver refrigerado, só pode significar que o arrefecimento não é passivo, mas que o meu corpo gasta energia para esse efeito, em substituição do motor da câmara frigorífica. Certo?
Estamos a terminar mais um ano. Este tipo de datas não me diz muito, é tão importante mudar de ano como mudar de mês. Cada dia é importante e deve ser valorizado. No entanto, o fim do ano passa um pouco a sensação de final de um ciclo e início de um novo. Podemos então fazer um balanço desse período de tempo, o que correu bem, o que queremos mudar. Há quem estipule lemas ou objectivos para o novo ano. Há quem consiga ser ponderado nessa estipulação e siga o que se propôs. Mas a maioria confunde objectivos com desejos e não consegue ser realista ou suficientemente sistemático e consistente para os concretizar. Por meu turno, faço uma lista de livros que quero ler (claro que também tenho alguns objectivos, como começar a fazer compostagem, ou avançar com o projecto dos metacarpos, mas essa conversa fica para outro dia). Ao longo do ano vou acrescentando títulos que entram no meu radar e no final do ano passo os que não consegui ler para o ano seguinte (neste momento, a lista de 201